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Substituto de França em secretaria anuncia cursos técnicos a distância

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ARNON  GOMES – ARAÇATUBA

A partir do próximo ano, alunos da rede estadual de ensino poderão obter também diploma de formação profissional. O Estado oferecerá cursos técnicos a distância para os estudantes que estejam, no mínimo, no segundo ano do ensino médio. A medida foi anunciada ontem, em Araçatuba, pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Ricardo Bocalon. Ele ocupa o cargo que, até abril deste ano, tinha como titular o atual governador de São Paulo, Márcio França (PSB), candidato à reeleição.

Diferentemente dos cursos presenciais mantidos nas Etecs (Escolas Técnicas Estaduais), o acesso ao curso técnico on-line não dependerá de vestibulinho. A participação será opcional. O Centro Paula Souza, órgão ligado à secretaria comandada por Bocalon e que responde pelo ensino profissionalizante no Estado, disponibilizará cinco opções de cursos ao estudante de segundo ano, podendo ser escolhido apenas um.

O secretário explicou que cada escola estadual contará com um mediador para o curso técnico on-line. Esse profissional ficará responsável por orientar e tirar dúvidas dos estudantes. O polo do ensino a distância será, dessa forma, a própria instituição de ensino frequentada pelo aluno do ensino médio.

UNIVERSIDADE

Outra novidade é que o estudante que se formar pela plataforma digital do ensino profissionalizante da rede estadual terá acesso imediato à Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) sem precisar passar por vestibular. O egresso do curso técnico digital poderá, na Univesp, escolher um entre cinco cursos: Engenharia de Produção, Engenharia da Computação, Pedagogia, Matematica e Gestão Pública. Segundo o secretário, também será implantado Administração e Contabilidade. De acordo com Bocalon, França espera abrir, em até um ano, 450 mil vagas na instituição de ensino superior à distância mantida pelo governo paulista. Esse número, enfatizou o secretário, corresponde à média anual de jovens que terminam o ensino médio nas escolas estaduais. 

Ex-coordenador da Univesp, o secretário disse que, em janeiro do ano passado, a universidade virtual tinha cerca de três mil alunos em sete municípios. Hoje, segundo ele, são aproximadamente 50 mil em 330 cidades paulistas. Questionado sobre qual experiência de resultado o Estado está se baseando para a implantação do ensino técnico à distância, o secretário citou como exemplo a própria Univesp. “A Univesp provou que, usando tecnologia e inovação e com parcerias com os municípios, é possível”, disse Bocalon, que, na tarde de ontem, visitou a sede da Fatec (Faculdade de Tecnologia) e a Etec acompanhado do secretário municipal de Agroindústria, Desenvolvimento Econômico e Relações do Trabalho, Marcelo Astolphi Mazzei.

Ainda ontem, Bocalon esteve nas unidades de ensino profissionalizantes mantidas pelo Centro Paula Souza em Birigui e Penápolis para conversar com diretores, professores e alunos. O objetivo, segundo ele, foi trocar experiências sobre o trabalho feito nas faculdades e escolas técnicas do Estado.

Execução de medidas pode depender de resultado da eleição

Durante a sua visita, Bocalon deixou claro que todo este pacote para o ensino profissionalizante é uma política de governo de Márcio França, que assumiu o comando do Estado com a renúncia de Geraldo Alckmin (PSDB) para concorrer à Presidência da República. Ou seja, essas mudanças poderão ou não ter continuidade com o próximo governador. Hoje, as pesquisas de intenções de votos colocam França na terceira posição – as candidaturas de Paulo Skaf (MDB) e João Doria (PSDB) vêm se alternando na primeira e segunda colocações.

Mesmo assim, Bocalon acredita nos bons resultados da iniciativa proposta. “Todo aluno do Estado que chegar ao segundo ano do ensino médio poderá escolher um curso técnico a distância na Etec. Haverá vagas para todos. Quando chegou ao terceiro colegial, receberá o diploma do normal e do técnico”, analisou. “O correto era ter uma escola dessa (como a Etec de Araçatuba) para todos. Mas isso levaria 20, 25 anos e o jovem que tem 16, 17 não pode esperar. Por isso, estamos usando a tecnologia e a inovação para levar a Etec ao alcance de todos.”

Ele acredita que, equiparando a meta de vagas a serem abertas na Univesp com a média de alunos formados por ano no Estado, o governo paulista não deixará nenhum jovem fora da escola pública por falta de oportunidade. “Com ações como essa, teremos menos alunos da Fundação Casa, menos jovens envolvidos com violência…”, disse.

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